A grande e a pequena…

Eu gosto tanto dessa imagem…

Foi mais uma foto totalmente despretensiosa de uma quinta qualquer, aonde Gigi encontrou a Bisa.

Bisa para Gigi é uma figura contraditória, aonde amor e irritação se revezam com uma velocidade indescritíveis.

Mas acredito que assim seja no final da vida, aonde temos que encarar toda uma jornada sem mais aquela vasta perspectiva de possibilidades e concretizações.

Gigi ao contrário é o membro mais novo do clã, nossa semente, o futuro é praticamente ela, aos nossos olhos.

Elas se olham, e eu me questiono, será que se reconhecem uma na outra?

Pela teoria sistêmica sim, mas nessas horas deixo minha vertente filosófica mais pura tomar conta e viajo nos questionamentos.

Será que elas percebem que estão olhando para uma ponte?

Para Dona Zina, Giovanna será o membro mais novo, que contém seu Dna, que ela irá conhecer.

Para Giovanna Dona Zina é o membro mais velho que ela irá ter contato, que carrega todas as imagens, diretrizes que vão guiar suas escolhas futuras.

E eu ali, marcando esse instante com amor e respeito, porque elas são a imagem personificada de tudo que acredito e estudo nos dias de hoje.

A grande que se alegra, porque de alguma maneira entende, que assim como ela acha racionalmente, sua vida não acaba com a Zina, se perpetua com a Giovanna.

E a pequena se vê abençoada pelo elo mais antigo que nutre a força que ela vai usar no seu presente.

E assim, a roda da vida continua…

Gigi e Dona Zina – As outras de mim.

Quanto a mim, uma reles neta e tia apaixonada, por ambas, me sinto imensamente grata por poder registrar em minha psique esse momento, essa percepção tão forte e ao mesmo tempo tão sútil de existência humana.

Eu tive o prazer de conhecer uma bisavó a avó do meu pai a “Nonna”.

Guardo dela boas lembranças, hoje percebo a benção que foi ter convivido com ela.